Pesquisar
Close this search box.

notícias

00_RV - Lançamento 01 - Banner

Radar Verde é tema de programação da ExpoMeat 2023

Pesquisadores do indicador apresentarão os caminhos para uma pecuária sustentável na Amazônia entre os dias 28 e 30 de março

A 4ª edição da ExpoMeat – Feira Internacional para a Indústria de Processamento de Proteína Animal e Vegetal atrai as atenções dos principais atores dessa poderosa cadeia produtiva. Os organizadores preparam um evento rico em temas e abordagens, para receber os profissionais da indústria frigorífica, entre os dias 28 e 30 de março, no Distrito Anhembi, em São Paulo.

A feira apresentará o que há de mais moderno na produção e processamento, com exibição de tecnologias, inovações e fomento de negócios. Reunirá grandes players do setor, com mais de 230 marcas expositoras e cerca de 130 palestras técnicas. Dentro da programação abrangente, a sustentabilidade da pecuária será um mote recorrente.

Um dos destaques confirmados é o Radar Verde, o primeiro indicador de acesso público no Brasil, que visa mostrar para os consumidores quais frigoríficos e supermercados têm maior controle e transparência sobre sua cadeia da carne. O Radar Verde é uma iniciativa do Instituto O Mundo Que Queremos (IOMQQ) e do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Desmatamento na Amazônia

Radar Verde é o primeiro indicador de acesso público sobre o tema, no Brasil. Reúne pesquisadores reconhecidos no estudo das políticas de transparência de frigoríficos e redes varejistas, na perspectiva de garantir que a carne comprada e vendida por essas empresas não esteja associada ao desmatamento na Amazônia.

De acordo com Alexandre Mansur, diretor de projetos do Mundo Que Queremos e um dos coordenadores do Radar Verde, a pecuária pode ser mais eficiente, mais lucrativa e menos danosa à floresta. “Ou seja, é possível continuar comendo carne, exportar e proteger a Amazônia do desmatamento. Em vez de desmatar indefinidamente, para a implantação de pastagens de baixa qualidade e manejo extensivo arcaico, otimizar a produtividade em menos áreas e com maior adensamento de animais por hectare”, afirma. “E o consumidor de carne pode ajudar nisso. Sabendo como está cada empresa, o comprador pode fazer suas escolhas, premiando as marcas mais comprometidas e transparentes.”

Sinopse de Estudos

O Radar Verde disponibiliza conteúdos relevantes para o público que vai participar da 4ª ExpoMeat. São textos compactos, produzidos e assinados por especialistas que analisam cenários, fornecem números e demonstram as vantagens de conter o desmatamento da Amazônia, sem deixar de produzir mais e melhor.

Um novo modelo de negócios é necessário para aumentar a produtividade da pecuária na Amazônia – analisa como a atividade está associada ao desmatamento na região amazônica e o que fazer para conter a expansão de pastagem, mantendo ou mesmo aumentando o nível de renda dos pecuaristas.

Políticas para desenvolver a pecuária na Amazônia sem desmatamento – busca responder como a Amazônia Legal pode produzir mais sem desmatar, empregando técnicas e recursos financeiros já disponíveis.

Dinamismo de emprego e renda na Amazônia Legal: agropecuária – identifica que a atividade demite trabalhadores, ao mesmo tempo em que aumenta a área destinada a pastagens e cultivos.

Menos boi, mais carne – dedica-se a compreender diferentes indicadores para medir a produtividade da pecuária bovina e/ou da cadeia da carne na Amazônia Legal.

Resultados do levantamento

O Relatório Final Radar Verde mais recente traz os resultados do levantamento realizado pela primeira vez no país e que passará a ter edições anuais. O indicador convidou 90 frigoríficos e 69 redes varejistas a comprovar que suas políticas garantem que a carne que compram e vendem não está associada ao desmatamento na Amazônia. Apenas 5% das empresas aceitaram participar e nenhuma autorizou a divulgação de sua classificação final.

Por fim, um case emblemático e animador está descrito em entrevista feita pelo Radar Verde com o pecuarista Mauro Lúcio Costa, dono da Fazenda Marupiara, em Paragominas (PA), há 26 anos. Em 2022, a produtividade de seu rebanho foi de 969 quilos por hectare, uma das maiores da região. E mais de seis vezes a média brasileira, que gira em torno de 150 quilos por hectare.

Pesquisar