Pará foi o estado com mais hectares atingidos e pecuária é apontada como uma das causas do problema
Uma área do tamanho do estado do Acre foi queimada no Brasil em 2022 – 16,3 milhões de hectares – e a Amazônia e o Cerrado concentram 95% desse total, segundo novos dados, divulgados esta semana pelo Monitor do Fogo, iniciativa do MapBiomas Fogo em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
“O fogo na Amazônia está diretamente relacionado ao desmatamento no bioma, pois a prática do uso do fogo é frequentemente utilizada para remover a vegetação densa e preparar o solo para atividades agrícolas ou pecuárias. Somente no ano de 2022, cerca de 2,5 milhões de hectares de florestas foram queimados na Amazônia. A falta de medidas de proteção eficazes contribuiu para a intensificação dos incêndios e tem provocado graves prejuízos para o meio ambiente, incluindo a emissão de gases de efeito estufa, perda da biodiversidade, além de comprometer a qualidade do ar”, explica Luiz Felipe Martenexen, pesquisador no IPAM.
Entre os estados da Amazônia Legal, o Pará foi o que mais queimou em 2022, com 2,9 milhões de hectares atingidos pelo fogo.
Sobre o Monitor do Fogo
O Monitor do Fogo é o mapeamento mensal de cicatrizes de fogo para o Brasil, abrangendo o período a partir de 2019, e atualizados mensalmente. Baseado em mosaicos mensais de imagens multiespectrais do Sentinel 2 com resolução espacial de 10 metros e temporal de 5 dias. O Monitor de Fogo revela em tempo quase real a localização e extensão das áreas queimadas, facilitando assim a contabilidade da destruição decorrente do fogo. Acesse o Monitor do Fogo e o boletim mensal de dezembro.
As informações são do IPAM Amazônia
Foto: depositphotos