Pesquisador do Radar Verde é entrevistado em reportagem da DW e destaca a importância de responsabilizar os frigoríficos que compram carne de áreas desmatadas
Em reportagem especial, a agência de notícias DW acompanhou uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) para localizar e multar quem destrói ilegalmente a vegetação no Maranhão, estado que já derrubou mais de 70% de sua vegetação nativa, incluindo áreas de proteção ambiental e terras indígenas. A intenção é mostrar os desafios de identificar e punir quem desmata a Amazônia.
O caos fundiário é apontado como um dos empecilhos para a responsabilização. “Na Amazônia, a arrecadação da multa por desmatamento é bastante complicada por conta da questão fundiária caótica. Muitos Cadastros Ambientais Rurais (CAR) ainda não foram validados, e parte dos infratores são orientados a negar quando abordados, e muitos usam laranja”, comenta Paulo Barreto, pesquisador sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
O pesquisador do Radar Verde cita o indicador como exemplo, já que o controle da origem da carne é fundamental para desvincular a pecuária do desmatamento na região. “É fundamental responsabilizar a ‘porteira’ para o mercado: quem mais desmata na Amazônia é a pecuária. Então é preciso responsabilizar os frigoríficos que compram gado de área desmatada, dar mais transparência aos dados sobre trânsito animal”.
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