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Pecuária sustentável ajuda a reduzir o desmatamento e é mais lucrativa, destaca GTPS

Brasil lidera ranking de exportações de carne bovina, mas pode perder mercados se não desvincular atividade de destruição da Amazônia

De janeiro a julho de 2022, o Brasil exportou 1,064 milhão de toneladas de carne bovina, o que significa pelo menos US$ 7,409 bilhões em receita. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), esse é um crescimento de mais de 17% na quantidade de carne, em relação ao mesmo período de 2021, o que coloca o país na liderança do ranking de países que vendem o produto para fora. 

O problema é que continua sendo muito difícil desvincular a pecuária do desmatamento. Só no ano passado, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Amazônia perdeu 10.362 km2 de mata nativa, quase 30% a mais que em 2020 – e, boa parte dessas áreas foram desmatadas para fazer pasto. No entanto, a pecuária sustentável e profissional, pode mudar essa realidade e, inclusive, melhorar a nossa imagem no mercado internacional.

O Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) tem trabalhado com essa premissa e, em entrevista à Istoé Dinheiro, o novo vice-presidente da instituição, João Schimansky Netto, reforçou a importância do tema, especialmente porque essa passou a ser uma exigência dos clientes europeus, que querem mais rastreabilidade na cadeia da carne.  “Qualidade sanitária a gente já tem, a bola da vez é a questão do desmatamento”, afirmou, destacando que, além de melhor para o meio ambiente, esse tipo de produção também significa redução de custos, elevação dos lucros e pode ajudar o país a conquistar mercados. “Além disso, permite aos produtores receber serviços ambientais e entrar no mercado de créditos de carbono. Assim, todos ganham, especialmente o planeta.”

As informações são da Istoé Dinheiro.

foto: arquivo pessoal / Ritauma Pereira

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