Boas práticas na cadeia da carne
O Radar Verde tem o compromisso de dar visibilidade às boas práticas adotadas por empresas que, embora ainda não tenham alcançado a pontuação máxima no indicador, declaram adotar boas práticas voltadas ao controle de sua cadeia de fornecedores.
Fortefrigo
A Fortefrigo mantém em seu site oficial o Canal do Pecuarista, espaço que reúne informações simplificadas sobre compra responsável de gado. Além disso, oferece o projeto Pecuarista de Plantão, voltado para o atendimento técnico de fornecedores bovinos por meio da Consultoria Verde. Nesse canal, os pecuaristas podem esclarecer dúvidas sobre temas como regularização ambiental, bem-estar animal e manejo sustentável da pecuária.
Fonte: Website da empresa, 2025.
JBS
A JBS mantém o programa Escritórios Verdes, voltado ao apoio técnico de fornecedores diretos de boi gordo que desejam aderir à Plataforma Pecuária Transparente. Essa plataforma permite que as fazendas fornecedoras de boi gordo avaliem seus fornecedores (como criadores de bezerro e boi magro) com base em critérios socioambientais exigidos pelo mercado.
O programa também oferece assistência técnica para a regularização ambiental das fazendas. Atualmente, são 20 Escritórios Verdes localizados em oito estados: Acre (1), Goiás (1), Mato Grosso (6), Mato Grosso do Sul (2), Minas Gerais (1), Pará (4), Rondônia (4), Tocantins (1).
Fonte: Website da empresa, 2025.
Masterboi
A empresa desenvolve o Projeto Aliança Verde, com foco na requalificação, educação socioambiental e regularização de pecuaristas fornecedores — diretos e indiretos. O projeto está alinhado às boas práticas do Protocolo Boi na Linha e do Grupo de Trabalho de Fornecedores Indiretos (GTFI), com o objetivo de alcançar uma pecuária mais sustentável.
Fonte: Website da empresa, 2025.
Rio Maria
O Frigorífico Rio Maria conduz o Programa de Rastreabilidade Individual e Monitoramento de Indiretos (PRIMI), um sistema de adesão voluntária para pecuaristas que permite o acompanhamento dos animais desde as primeiras fases do desenvolvimento até a entrega ao frigorífico. O monitoramento é feito por meio de brincagem individual dos bovinos. Segundo a empresa, até 2024 mais de 40 mil animais foram brincados, sendo mais de 8 mil desde o nascimento. O programa contabiliza 120 mil brincos adquiridos. A empresa também declara participar de iniciativas setoriais, comerciais e públicas que incentivem a adesão de novos pecuaristas ao PRIMI, com o objetivo de alcançar 100% de rastreabilidade dos fornecedores indiretos.
Fonte: Website da empresa, 2025.
Varejistas
Assaí
A empresa possui uma Política Socioambiental de Compras de Carne Bovina, atualizada entre 2023 e 2024, e exige de seus fornecedores o Selo de Inspeção Federal (SIF), uso de ferramentas de rastreabilidade e geomonitoramento, assinatura de compromissos socioambientais – como o termo de compromisso socioambiental que reconhece a proibição de compra de gado oriundo de áreas com desmatamento ilegal, terras indígenas, unidades de conservação, áreas embargadas ou fazendas envolvidas em trabalho escravo – além do bloqueio automático de fornecedores não conformes.
Fonte: Relatório de Sustentabilidade da empresa, 2024. Disponível em: Relatório Anual e de Sustentabilidade 2024 | Assaí Atacadista
Carrefour
Desde 2010, com a última atualização em 2024, o Grupo Carrefour Brasil possui uma Política de Compras de Carne Bovina com o objetivo de garantir que a carne comercializada não tenha origem de fazendas com desmatamento ilegal. A empresa afirma que exige de seus fornecedores frigoríficos o cumprimento de critérios socioambientais, como adesão a protocolos específicos para os biomas Amazônia e Cerrado, tais como: a assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC); fornecimento de carne e subprodutos por plantas com SIF; uso de ferramentas de geomonitoramento e análise socioambiental; e fornecimento apenas de fazendas com Cadastro Ambiental Rural (CAR) ativo e licença ambiental válida. O grupo também sinaliza exigir que os fornecedores frigoríficos enviem informações sobre a origem das fazendas e autorizem reanálises de conformidade. Após a homologação, os fornecedores passam por novas verificações periódicas. Aqueles que não atendem aos critérios de homologação ou descumprem as exigências de due diligence são bloqueados.
Além disso, o varejista Carrefour integra coalizões e grupos de trabalho multissetoriais voltados à promoção de uma cadeia mais sustentável, como a Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável (MBPS), o Grupo de Trabalho da Carne Bovina do Consumer Goods Forum (CGF) onde atua como co-chair, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, e é signatário do Protocolo Boi na Linha.
Outro aspecto de transparência realizado pela empresa é a disponibilização da lista de seus frigoríficos fornecedores (Tabela 5).
Fonte: Grupo Carrefour Brasil. Plataforma de Transparência da Carne. Disponível em: https://grupocarrefourbrasil.com.br/sustentabilidade/plataforma-de-transparencia-carne.
GPA (Grupo Pão de Açúcar)
Desde 2016, o GPA mantém uma Política Socioambiental de Compras de Carne Bovina que exige dos frigoríficos fornecedores a rastreabilidade da origem da carne, adesão a protocolos como a iniciativa Boi na Linha, registro junto ao Sistema de Inspeção Federal (SIF) e o bloqueio de fornecedores em caso de descumprimento. A empresa também afirma manter diálogo com fornecedores para promover práticas sustentáveis e busca reduzir emissões em suas operações.
Fonte: Website da empresa, 2025. Disponível em: Relatórios Anuais de Sustentabilidade – GPA RI
