A SARB 026/2023, instituída pela Febraban em março de 2023, orienta os bancos signatários a condicionarem crédito a matadouros e frigoríficos à adoção de protocolos que comprovem a ausência de desmatamento ilegal em toda a cadeia da carne bovina — incluindo fornecedores diretos e indiretos. As instituições financeiras tiveram até dezembro de 2023 para se adequar; já os frigoríficos deveriam reportar até 30 de março de 2024 os avanços em relação à base de dezembro de 2023 e, a partir daí, atualizar anualmente seus indicadores. Esses indicadores devem incluir o percentual de cabeças rastreadas até os fornecedores diretos e indiretos e informar se os dados são auditados por terceiros.
Desde 2024, o Radar Verde identifica publicamente quais frigoríficos divulgam informações alinhadas à SARB 026/2023. Na prática, a norma eleva o padrão de sustentabilidade e transparência exigido pelo sistema financeiro; por isso, é essencial que os frigoríficos publiquem indicadores claros e auditados, demonstrando conformidade e preservando acesso a crédito.
Os indicadores específicos a serem divulgados para atender a SARB 026/2023 são:
Frigoríficos que reportaram desempenho para atendimento da SARB 026/2023
Em 2025, verificou-se um discreto avanço do setor na adesão à autorregulação, com o número de empresas que divulgaram as informações exigidas passando de 18, em 2024, para 23. A lista abaixo reúne as empresas frigoríficas que, em 2025, publicaram em seus sites oficiais os indicadores exigidos pela SARB 026/2023 (rastreabilidade de diretos e indiretos e informação sobre auditoria). Já o Mapa da Figura 2 mostra a distribuição geográfica dessas empresas, sua capacidade de abate e as zonas potenciais de compra na Amazônia Legal, evidenciando onde a transparência avançou e quais regiões concentram maior influência de compra.
Fonte: Elaborado com dados de Imazon, 2023, e website oficial das empresas frigoríficas, 2025.
